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quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

A FACE DA VERDADE


A idéia é estranha, mas como podemos identificar ou guardar uma imagem de algo que poderia ser personificado como A Face da Verdade? Creio que não há, porém ao longo das luta populares por todo mundo percebemos que sempre existe aqueles e aquelas que de alguma forma se tornam dignos de serem marcados com “a máscara” da verdade.

Partindo do princípio de que são as massas que fazem a história, qual o rosto dessas massas? É a face da miséria, da fome e da revolta. Como identificar que isto pode ser entendido e propagandeado como verdade? Percebendo a justeza de suas rebeliões e da necessidade das mesmas.

Tudo aquilo que é justo é legitimamente verdadeiro. Independente de quem  proclame.

Na sociedade de capitalismo burocrático semifeudal, como a do Brasil, as funções orgânicas do Estado são disputadas pelos representantes de oligarquias e seus sequazes. As oligarquias se revezam no gerenciamento do velho Estado burguês-burocrático-latifundiário, sejam os próprios detentores do capital ou os seus “representantes”, para tanto existe uma guerra publicitária.

Os oportunistas, ditos de “esquerda”, passam anos se fazendo de amigos do povo para, quando chegada a hora das eleições burguesas, cobrar está amizade nas urnas, almejando um carguinho em alguma mamata estatal. Estes, por vezes se valem da verdade dos fatos para incriminar os gerenciamentos que não fazem parte de suas alianças, ou seja, enquanto são oposição usam a verdade contra os opressores do povo para traficarem com os interesses da massa. Porém, uma vez que chegam ao poder suas antigas verdades já não tem mais validade, pois oprimem o povo da mesma forma que qualquer outro regime desta política pobre.

Oportunistas e burgueses usam o marketing para propagandear suas fuças imundas e seus nomes, manchados pela covardia e pela corrupção, para galgarem status políticos e sociais, riqueza e poder. O povo é a última coisa que esta corja se importa.

Existem também aqueles que falam a verdade sem a menor intenção de lucrar alguma coisa. Estes estão por vezes calados, por medo, por vergonha ou por terem tanto ódio que preferem se neutralizar de assuntos políticos, o que é humanamente impossível. Mas, ainda estão por aí e são milhares de rostos sem nome, sem cor nem imagem, proclamando a verdade nos meios mais improváveis, causando revolta e indignação aos que defendem um falso-moralismo constitucional de que: “É permitido a liberdade de expressão, sendo vedado o anonimato.” Pois, o povo rebate assim: “As massas fazem a história”.

Quem está no poder decide o que é verdade e o que não é, quem é criminoso e quem não é, o que é certo e o que é errado. Errado é mentir para o povo, certo é falar a verdade e defende-la, quem as proclama é secundário a veracidade dos fatos.

Diante de toda esta falácia, como afirmar que a verdade tem que obrigatoriamente ter uma face? Como dizer que só podemos acreditar nas pessoas que conhecemos? Talvez o serviço de denúncia anônima não seja mais necessário para solucionar crimes. Talvez os registros históricos não tenham mais nenhuma validade, pois a maioria ninguém sabe quem os escreveu. Talvez devêssemos apagar a história do povo egípcio, porque até hoje ninguém sabe o nome do primeiro faraó que fundou uma das maiores civilizações antigas.

Devemos acreditar no que os fatos mostram. A verdade surge da necessidade de denunciar os acontecimentos, para que através do conhecimento destes exista uma movimentação em busca das soluções, para que assim haja justiça. O nome de quem denuncia é secundário a legitimidade da denuncia, se ela for verdadeira.

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