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BLOG INFORMATIVO

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

DESABRIGADOS DAS ENCHENTES SE REBELAM CONTRA O ABANDONO DO ESTADO


(Foto: jornal Alagoas 24 Horas)

No dia 29 de setembro, populares que foram atingidos pelas enchentes de junho e tiveram suas casas destruídas pelas mesmas, vivem como flagelados após quase quatro meses depois, eles fecharam a BR 104 em União dos Palmares, exigiram cestas básicas e água potável. Segundo os manifestantes, há um mês que não recebem cestas básica e não têm água limpa para consumir.

Isto é o resultado do final das campanhas eleitorais, acabado este circo eleitoral o povo será esquecido novamente e a miséria e a opressão só tendem a aumentar, e junto delas cresce a revolta e estouram rebeliões por todo o estado.

terça-feira, 28 de setembro de 2010

PERGUNTAS FREQUENTES SOBRE O BOICOTE A FARSA ELEITORAL BURGUESA

Porque o boicote?

Porque, é a atitude mais decente a se fazer tendo em vista que o processo eleitoral brasileiro se dá em meio a corrupção e a demagogia. Realizando o boicote estamos afirmando nosso repúdio a esta farsa de “eleições democráticas”. Porque, estas eleições só servem para legitimar e gerar um rodízio entre as oligarquias que dominam a política e a economia brasileira e em nada beneficiam o povo.

O boicote é a solução?

Não, o boicote é um posicionamento político consciente, derivado da conclusão geral de que as eleições burguesas são uma farsa, logo não podemos contribuir com a mesma. Porém, sabemos das medidas covardes que o estado brasileiro impõe para obrigar o povo a votar, assim, votar em branco, nulo ou não votar fica a critério das condições de cada individuo. O que importa é repudiar esta palhaçada e se posicionar contra, realizando o boicote ativo, ou seja, contra as eleições e a favor de um processo político revolucionário em nosso país.

Se boicotarmos as eleições, o que acontecerá?

As eleições disfarçam a ditadura burocrática semifeudal de caráter civil que domina o Brasil, se este disfarce for descoberto e compreendido pela maioria das pessoas chegaremos mais rápido a uma luta de massas no desenvolvimento do processo revolucionário brasileiro. Para tanto é preciso derrubar as três montanhas que nos emperra; o latifúndio, a grande burguesia e o imperialismo. Para derrubar o latifúndio temos a revolução agrária (que já está em marcha), para derrubar a grande burguesia (a burocrática e a compradora) temos a revolução democrática ininterrupta ao socialismo, para assim expulsar o imperialismo do nosso país.

No estado socialista não existirá eleições?

Sim, existirá, mas não serão como as de hoje. Serão organizadas de outras formas, porque será o povo que as comandará através dos comitês de bairros, distritos, municípios, estados e regiões até o comitê central de um partido único da classe proletária que irá instalar a ditadura democrática do proletariado, ou seja, uma ditadura da vontade de muitos contra poucos, uma democracia de novo tipo.

ELEIÇÃO NÃO! REVOLUÇÃO SIM!
ELEIÇÃO É FARSA, NÃO MUDA NADA NÃO!
O POVO ORGANIZADO VAI FAZER REVOLUÇÃO!
NÃO VOTAR! REBELAR-SE É JUSTO!

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

JUVELINA NASCIMENTO, UM EXEMPLO DE MULHER NORDESTINA

Em 10 de maio de 1913, na cidade de Murici, Alagoas, nascia Juvelina das Dores do Nascimento, descendente de escravos e de uma família de negros da zona da mata alagoana. Sua vida foi marcada por uma busca constante de liberdade e dignidade para as mulheres, negras e pobres, e para todo o povo que era explorado pelos senhores do açúcar e do algodão daquela época.

Murici era uma cidade intermediária entre Maceió e União dos Palmares, a capital e uma cidade pólo alagoana. Ainda hoje, Murici tem essa característica, porém, ela não tem mais o poder nem a geografia das primeiras décadas do século XX, pois dela surgiram Messias, rumo a Maceió, e Branquinha, vizinha a União dos Palmares. A cidade foi palco de vários acontecimentos históricos, como as batalhas de quilombo dos palmares, a chacina das tribos indígenas pelos primeiros coronéis, os confrontos da “guerra dos carecas e cabeludos” luta entre monarcas e republicanos, e a resistência das mulheres que se organizaram para lutar contra a exploração dos senhores feudais. Neste último é onde se encaixa Juvelina Nascimento, uma das principais lideranças desta resistência.

Por Murici ser uma cidade estratégica para os assuntos políticos e econômicos no auge das culturas da cana e do algodão, lá costumavam se reunir os barões destas culturas entre banqueiros, donos de engenho, fazendeiros e políticos ordinários. Nestas reuniões, de nada tinham de negócios, se tinha era secundário, sabe-se que estes senhores mandavam seus capangas buscarem as meninas entre 12 e 20 anos de idade para as obrigarem a terem relações sexuais com os mesmos. Caso alguma família recusa-se enviar suas filhas, esta sofreria as duras punições dos senhores feudais muricienses, sendo que só as que fossem casadas não eram cobiçadas, mas também não era uma regra geral.

Percebendo esta triste realidade a qual as mulheres de Murici eram submetidas, Juvelina começou a imaginar formas de não ser submetida a estes abusos. A partir do dia em que sua irmã foi brutalmente arrastada pelos capachos dos coronéis, ao ver sua família se debulhando em lagrimas e um dos jagunços, num gesto de desprezo jogou algumas moedas como forma de ressarcir todo sofrimento que estava sendo realizado e o trauma do estupro de sua irmã, ela passou a se revoltar com tudo aquilo e agitar outras meninas a reagir contra aqueles abusos.

Casou-se aos 13 anos com um rapaz, que também era bem jovem, de uns 14 anos, como pretexto de se manter livre das investidas dos porcos latifundiários. Todas as meninas viam nesta atitude de Juvelina uma saída, e esta era casar-se o quanto antes. Esta movimentação foi intensa e em outro momento em que uma grande “reunião” se aproximava os jagunços saíram à procura de mais meninas, porém, a maioria delas estavam casadas ou comprometidas e isso causou desconfiança, logo não tardou em chegarem a Juvelina.

Juvelina era de família de camponeses e trabalhavam nas plantações de algodão da região. Foi obrigada a fugir com seu, recém casado, marido para outras fazendas. Mas a resistência continuou e em parte foi vitoriosa, pois não solucionou o problema de fato, mas marcou na história como uma luta pela dignidade da mulher, do negro, do pobre e do povo nordestino. Juvelina Nascimento viveu sem maiores reconhecimentos e teve uma morte caseira.

Apesar de não haver registros históricos “legítimos” sobre este acontecimento heróico, é uma das muitas histórias que o povo guarda e propaga aos mais novos, também é o povo que dá a veracidade necessária para legitimar este acontecimento. Ainda hoje existem descendentes de Juvelina em Murici e em outras cidades vizinhas, mas nunca houve pesquisas nem estudos sobre o assunto e muito menos sobre ela, apenas o reconhecimento da massa.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

TRABALHADORES FAZEM PROTESTO CONTRA DESPEJOS

Desde que as olimpiadas foram aprovadas e definidas para acontecer no Brasil que o estado têm realizado várias operações anti-povo, como despejos, perseguisões, prisões ilegais e humilhações contra o povo pobre.

(MTST, realizam protesto)

"Segundo integrantes do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto) , o grupo faz uma jornada nacional contra despejos em decorrência das obras de adequação urbana por causa da Copa e Olimpíadas." (Redação Terra)

terça-feira, 21 de setembro de 2010

DEBATE SOBRE O BOICOTE À FARSA ELEITORAL E REVOLUÇÃO PROLETÁRIA

“ELEIÇÃO NÃO! REVOLUÇÃO SIM!”
(Prof. Fausto Arruda - jornal A Nova Democracia)


Dia 20 de setembro aconteceu na UFAL o debate sobre o boicote à farsa eleitoral e a revolução proletária com o sociólogo e jornalista professor Fausto Arruda do jornal A Nova Democracia. A atividade foi realizada no auditório do SESAU, bloco de saúde ou de medicina da UFAL, e teve início às 19h30min.

sábado, 18 de setembro de 2010

NO PARÁ, CAMPONÊS É ASSASSINADO POR PISTOLEIROS

No dia 3 de setembro, pistoleiros assassinaram um camponês próximo ao município de Bragança/PA. Segundo lideranças do MST no Pará, o bando armado seria organizado e financiado pelo latifundiário e ex-deputado federal Josué Bengstson (PTB) e seu filho Marcos Bengstson.

A ação dos pistoleiros se iniciou com o seqüestro dos camponeses João Batista Galdino de Souza e José Valmeristo Soares (o Caribé) que se dirigiam ao município de Santa Luzia (PA). Por volta das 9 horas da manhã, os dois foram obrigados a entrar em um carro no ramal do Pitoró.

No ramal Cacoal foram obrigados a descer. Armados de pistolas e revolveres, os pistoleiros efetuaram diversos disparos na direção dos camponeses. João Batista Galdino conseguiu escapar, correndo para a mata, mas Caribé não teve a mesma sorte.

Segundo informações de Galdino, a polícia foi informada dos fatos, mas se negou a comparecer ao local alegando que “estavam cansados”. Familiares e amigos de Caribé se juntaram e fizeram buscas pelo corpo que foi encontrado já sem vida às 10 horas da manhã do dia seguinte.

Jose Valmeristo Soares, o Caribé, era uma das lideranças do acampamento Quintino Lira (localizado a 40 km de Santa Luzia do Pará). Segundo lideranças do MST no Pará, a três anos que Caribé e outras quatro lideranças do acampamento vinham sofrendo ameaças dos que se dizem donos da fazenda Cambará, o ex-deputado federal Josué Bengstson e seu filho Marcos Bengstson.

Os camponeses já haviam denunciado a diversos órgãos do governo, mas como sempre, continuam se fazendo de surdos.

Os camponeses do acampamento Quintino Lira exigem a punição imediata dos pistoleiros que assassinaram José Valmeristo Soares, assim como os mandantes do crime, e também exigem a desapropriação imediata da fazenda Cambará.

IGREJA MOSTRA SUA REAÇÃO CONTRA A CONSCIENTIZAÇÃO ANTI-CRISTÃ


Papa Bento XVI, líder supremo da doutrina religiosa cristã católica apostólica romana, foi a Inglaterra, e em Londres afirmou para milhares de pessoas que um dos problemas do século XX e XXI é o extremismo ateu, e caracterizou o regime nazista como exemplo de movimento ateu de modo geral. 

"Ele lembrou da luta inglesa contra o regime de Hitler, que "queria erradicar Deus da sociedade" e desumanizava os judeus por julgar que eles não tinham direito a vida.

-Quando formos refletir sobre as lições sombrias do extremismo ateísta do século XX, nunca nos deixemos esquecer de como a exclusão de Deus, religião e virtude da vida pública leva em última instância a uma visão truncada do homem e da sociedade, e portanto uma visão reducionista das pessoas e seus destinos", disse. (Fonte: sidneyrezende.com)

O incrível é que o regime nazista tentou de todas as formas consolidar uma aliança formal com a igreja católica ( Ver Filme: O nono dia do diretor alemão  Volker Schlöndorff ). O regime fascista alemão tinha uma forte tendência ao cristianismo, isto o papa não fala. O Próprio Joseph, quando jovem, estudou em uma escola militar nazista e hoje é chefe da igreja católica. "Federido Lombardi, em defesa de Bento XVI, lembrou o fato de o papa alemão já ter se alistado na pontifíce Juventude Hitlerista, o que era obrigatório na época."  (Fonte: sidneyrezende.com)

"Joseph Ratzinger nasceu em Marktl am Inn, uma pequena vila na Baviera, às margens do rio Inn, na Alemanha, filho de Joseph, um comissário de polícia (Gendarmeriekommissar) do Reich, um oficial da polícia rural oriundo da Baixa Baviera e adepto de uma corrente bávaro-austríaca de orientação católica." (Fonte: Wikipédia)

Talvez ele queira encobrir o fato histórico de que as tropas nazistas foram aniquiladas por um exército pertencente a uma nação laica, a ex-URSS (União Soviética), e que este exército era o formado por comunistas ateus e denominado Exercito Vermelho.  "O Exército Vermelho foi o primeiro a entrar na capital alemã e os seus soldados hastearam a bandeira soviética sobre o edifício do Reichstag (parlamento alemão), marcando simbólica e definitivamente a vitória aliada sobre o nazismo." (Fonte: Wikipédia)

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

ESTUDANTES REALIZAM CAMPANHA PELO BOICOTE DA FARSA ELEITORAL BURGUESA NA UFAL

(Frente do Restaurante Universitário - RU (UFAL))

Nos dias que antecederam o feriado prolongado, devido as comemorações da “emancipação política do estado de Alagoas”, o Movimento Estudantil Popular Revolucionário (MEPR) realizou uma intensa propaganda pelo boicote a farsa eleitoral burguesa na Universidade Federal de Alagoas (UFAL).

A campanha tem o propósito de fazer a sociedade perceber que este processo político que é utilizado para renovar os quadros estatais, as eleições, não serve e não representa o povo. Serve única e exclusivamente para legitimar uma minoria que domina o capital econômico ou é financiado por ele para representá-lo nas instâncias de poder deste velho estado. O povo não tem nada a ganhar com este processo corupto e farsante.

(Bandeira do Movimento Estudantil Popular Revolucionário)

O MEPR convoca todos a boicotarem as eleições como uma ação estratégica importante com a finalidade de desmascarar por completo a carapuça de falsa democracia que arrota os representantes da grande burguesia e mostrar sua verdadeira face. Assim, uma vez entendido isto, a rebeldia revolucionária do povo brasileiro chegue ao ponto de alavancar uma revolução por uma democracia de novo tipo ininterrupta ao socialismo.

O principal é entender que estas eleições não somam em nada para o povo brasileiro, uma vez que o individuo entenda isto fica sob seu critério se vota em branco, nulo ou não vota. Sabemos das dificuldades e diversas represálias que o estado impõe para obrigar o povo a ter que votar, por isso o como cada qual um vai reagir a isto é secundário, o principal é entender que as eleições burguesas são uma farsa. O MEPR e as outras demais organizações revolucionárias defendem o boicote ou seja não votar.

"PAZ SEM VOZ NÃO É PAZ É MEDO"*

"Qual a paz que eu não quero ter para tentar ser feliz?”
(O Rappa)

(Força Nacional vigiando o povo em Murici-AL)


Companheiros, desde as enchentes que atingiram a população em Alagoas que o estado vem se aproveitando para realizar uma intensa corrida cada vez mais militarizada. Proporcionando ações repressivas como revistas arbitrárias, toques de recolher, interrogatórios clandestinos e freqüentes torturas contra os filhos do povo.

Além de terem perdido tudo, o povo alagoano ainda tem que se submeter a estas intervenções fascistas protagonizados pelo estado. A polícia afirma que estas medidas são para a segurança do próprio povo, MENTIRA! É fato que em Murici apesar de toda a repressão que a Força Nacional, BOPE, PM, Polícia Civil e Guarda Municipal impõem ao povo, sabe-se que dentro dos refúgios a violência é uma constante, já aconteceu tentativa de estupro, assassinato, tráfico de drogas até a morte de criança por doenças até agora não identificadas. Em União dos Palmares, pequenos furtos são freqüentes e crianças e idosos são expostos a doenças todos os dias.

Conclusão, estas medidas anti-povo que o estado fascista brasileiro esta impondo as populações alagoanas é apenas para sufocar as possíveis revoltas que o povo venha a ter. Manter as pessoas presas em seus abrigos, quando na verdade, na prática, estes são grandes prisões familiares para manter a paz e a velha ordem deste estado capitalista burocrático semifeudal.

*Trecho da música: Minha Alma (O Rappa)

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

JUSTIÇA DO LATIFÚNDIO CONDENA PROFESSORA EM RONDÔNIA

Retirado do blog LUTA POPULAR



Jaru, 09 de setembro de 2010

Aos camponeses pobres, aos estudantes, aos operários e trabalhadores em geral, aos intelectuais honestos, aos movimentos e personalidades democráticas,

Em julho de 2010 saiu mais uma sentença absurda do judiciário rondoniense. A vítima desta vez foi a professora Yara Nogueira, da Escola Popular. Ela foi condenada ao pagamento de um salário mínimo ou ao trabalho comunitário (8 horas semanais por 3 meses) por poluição ambiental! Em abril de 2007, Yara e outros dois ativistas colavam cartazes pelas ruas de Jaru denunciando o julgamento do camponês Wenderson, conhecido como Ruço quando foram presos e interrogados pela Polícia Militar!

Desde 2003 a professora Yara atua na Escola Popular. Ela trabalhou com educação de crianças, de jovens e adultos em Corumbiara e em Theobroma e na formulação e apoio à Campanha de Alfabetização em todo o estado. Durante todos estes anos Yara também tem uma militância ativa no apoio à luta pela terra, por isto é conhecida e muito querida por camponeses e professores da região.

Esta foi a verdadeira causa da condenação de Yara: apoiar a luta camponesa. Mas a “justiça” esconde seus motivos com a desculpa de “crime ambiental”. Ora essa, se estivesse realmente interessada em coibir a poluição visual condenaria todos os candidatos que espalham suas mentiras por todas as cidades durante o período da farsa eleitoral. Condenariam igualmente os organizadores de festas, shows e rodeios que divulgam seus eventos com cartazes.

Mas esta é a realidade em Rondônia: apoiar a luta pela terra é crime!

Lembremos resumidamente o caso Ruço.

O camponês Ruço foi preso no início de 2003 e processado injustamente pela morte de um pistoleiro do latifundiário Antônio Martins dos Santos, conhecido como Galo Velho, um dos maiores grileiros de terras públicas da região. Seu processo foi um exemplo de como a “justiça” atua a serviço do latifúndio no estado. A juíza Fabíola Cristina Inocêncio Sarkis cometeu toda sorte de irregularidades, dentre as quais, o adiamento do julgamento de Ruço em setembro de 2006. Ela temia que o júri popular inocentasse Ruço, pois uma ampla campanha de nível nacional e internacional denunciando a farsa de sua condenação atingiu a população de Jaru. Panfletos, atos públicos, entrevistas em rádios, debates em salas de aula e inclusive uma Carta Aberta assinada por quase 500 entidades e personalidades democráticas de renome, esclareciam a verdade que era escondida pelos monopólios dos meios de comunicação.

Remarcado para abril de 2007, os movimentos, entidades e ativistas democráticos, dentre eles a professora Yara, se desdobraram para fazer nova campanha de propaganda. Novamente passaram em rádios, salas de aula, distribuíram panfletos e colaram cartazes pelas ruas de Jaru. Centenas de pessoas foram acompanharam o julgamento dentro e fora do Fórum e finalmente Ruço foi libertado.

As perseguições ao camponês Ruço, a sentença contra a professora Yara não nos surpreende mais. É a realidade da luta pela terra em Rondônia e em todo o Brasil. Justiça só existe para os latifundiários. Aos camponeses e seus apoiadores restam os despejos, criminalização e desmoralização, prisões, processos e o assassinato por pistoleiros.

Esta situação que tanto nos indigna, tem que nos mobilizar. Temos que ampliar a justa luta pela terra, sua divulgação e defesa pelos quatro cantos do país.
 
Pelo cancelamento imediato da sentença contra a professora Yara!

O povo quer terra, não repressão!

Morte ao latifúndio! Viva a Revolução Agrária!

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

II SEMINÁRIO SOBRE CAPITALISMO BUROCRÁTICO-BRASIL



Aconteceu nos dias 30 e 31 de agosto, 01, 02, 03 e 04 de setembro de 2010, na Universidade Federal de Alagoas (UFAL), o segundo seminário sobre a tese do capitalismo burocrático. O evento contou como a contribuição do Prof. Dr. Vítor O. Martín Martín da universidade de La Laguna, Ilhas Canárias, Espanha e a Profª. Drª. Nazira Correia Camely Universidade Federal do Acre (UFAC) e Universidade Estadual Fluminese-RJ (UFF), ambos membros do GISAS - Grupo de Investigação sobre o Subdesenvolvimento e o Atraso Social.
A princípio de organização, quem propiciou o seminário foi o Grupo de Pesquisa Sobre Cultura, Identidade e Movimentos Sociais (GPCIMS), coordenado pelo Pof. Dr. Nascimento França, professor voluntário do curso de serviço social da UFAL, além do apoio incondicional do próprio curso de serviço social.
O seminário teve a participação de estudantes, professores, camponeses e militantes políticos. Durante toda a semana repleta de debates e constantes descobertas, vimos toda a dissecação do sistema capitalista e os seus aspectos em sua fase terminal, o imperialismo e como é a atuação deste nos países de capitalismo atrasado.
Vítor O. Martín Martín, “- O que produz o capitalismo burocrático é a semifeudalidade e a semicolonialidade”. Como chegar a esta afirmação? Entendendo que existem vários aspectos da burguesia: A Grande Burguesia que se divide em duas a Compradora que vive da importação de produtos e a Burocrática que vive do gerenciamento dos mecanismos estatais. A Média Burguesia ou burguesia nacional composta de estudantes, professores e industriários nacionais. A Pequena Burguesia, feirantes, comerciantes, artesãos. A semifeudalidade acontece geralmente em países de capitalismo atrasado, como o Brasil, onde ainda existem relações trabalhistas de caráter semifeudal, aqui no Brasil o coronelismo, nos países de língua espanhola gamonalismo ou caciquismo. Estas relações caracterizam e sustenta a economia, a política e influencia o desenvolvimento social interno do país, proporcionando um rodízio entre as oligarquias dominantes, o que impulsiona a burguesia burocrática a dominar e a compradora a facilitar a entrada do imperialismo colocando a nação numa situação de semicolonialidade diante das relações internacionais. Semifeudalidade um fenômeno interno e semicolonialidade um fenômeno externo, produzem uma sociedade capitalista burocrática.
Nazira Correia Camely, “- As ONGs são os novos agentes do imperialismo”. Conclusão da professora após realizar uma pesquisa na Serra do Divisor, no estado do Acre, divisa entre Brasil e Peru. Ela investigou a atuação das maiores ONGs que atuam no País, especificamente na Amazônia, e estas são; WWF, CI, TNC, AWF, WCS, SOS Amazônia, PESACRE e CTA. Todas estas são financiadas pelo imperialismo, sobre todos o norte-americano. Ela comenta que com a desculpa de reservar a floresta os ongueiros alienam a massa camponesa e os convertem em “guardiães da floresta” e não podem plantar, caçar, pescar, nem pegar madeira para fazer canoas e casas, não podem criar animais para não “danificar” a paisagem, etc. uma questão que Nazira colocou foi; “- Eles falam em preservar. Preservar para quem?” O camponês que realiza uma agricultura de subsistência é tido como o bruto que destrói a natureza e merece ser punido, mais os coronéis da região que se aliam as ONGs financiadas pelo imperialismo para exportar madeira e animais silvestres são os ambientalistas politicamente corretos que se beneficiam dos louros do estado. Prof. Vítor ainda argumentou sobre a pesquisa da Profª Nazira, ele classificou atuação das ONGs como uma evolução da semifeudalidade e as pontuou da seguinte forma; Novas formas de propriedade/latifúndio ecológico, Novas formas produtivas/Biotecnologia, Novas relações de produção/guardiães da floresta, Novo corporativismo/impulsionado pelos movimentos sociais.
O seminário foi encerrado com uma visita a Área Revolucionária José Ricardo em Lagoa dos Gatos-PE, uma das áreas mais desenvolvidas da Liga dos Camponeses Pobres – LCP. Na oportunidade alunos e professores puderam conhecer de perto a prática da ideologia do proletariado camponês. Após visitar as produções e conhecer o tempero da comida gostosa do campo, todos se reuniram num “palhoção” usado como auditório pelos camponeses para suas assembléias, nos reunimos para um papo com os trabalhadores e uma avaliação sobre o seminário e foi unânime uma experiência única.