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BLOG INFORMATIVO

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

JUSTA REBELIÃO NO EGITO: UMA REVOLUÇÃO DEMOCRÁTICA?

Reproduzimos a baixo uma análise sobre as falsificações defendidas pelos Trotskistas do PSTU sobre a rebelião do Egito, retiradas do blog A Rebelião se Justifica! confira:

Já alguma vez viram uma revolução, estes senhores? Uma revolução é certamente a coisa mais autoritária que se possa imaginar; é o ato pelo qual uma parte da população impõe a sua vontade à outra por meio das espingardas, das baionetas e dos canhões, meios autoritários como poucos; e o partido vitorioso, se não quer ser combatido em vão, deve manter o seu poder pelo medo que as suas armas inspiram aos reacionários.” Engels, Sobre a autoridade.


O jornal Opinião socialista nº. 418, da sigla trotskysta PSTU, dedicou metade do seu espaço em defesa de uma suposta revolução democrática, ocorrida após a derrubada do gerente egípcio Hosni Mubarak. Os textos, incluindo um comentário do correspondente da sigla no Egito, constituem um amontoado de contradições bastante evidentes.

 Vejamos.

No editorial (p. 3) lemos: “Não foi uma revolução para mudar os fundamentos da sociedade, sua economia. A situação política que se abriu é completamente nova, confirmando a existência de uma revolução.” No mesmo parágrafo, eles demonstram que de fato não ocorreu nada de “completamente novo: “Mas seguem existindo no país a exploração capitalista, a submissão ao imperialismo norte-americano e a Israel, e boa parte das instituições autoritárias do antigo regime”. (Todos os destaques dos trechos são meus)

Ora, uma das tarefas da revolução democrática é a destruição da submissão ao imperialismo. Isso, caros senhores, ocorreu no Egito? Não, não ocorreu. Na revolução russa de fevereiro, não foram liquidadas “boa parte das instituições autoritárias do antigo regime”? Sim,sim! Foram.

Na página 7, pode-se ler: “Com a ampliação massiva dos protestos...Suleiman foi obrigado a anunciar na TV a renúncia de Mubarak e a entrega da condução do país ao Comando Central do Exército. Foi uma conquista enorme, imposta pelas mobilizações das massas e, por isso, sentida com enorme alegria e emoção.”

Foi uma conquista enorme trocar o gerente Mubarak pelo Comando Central do Exército, exército esse que, segundo o próprio jornal: “... tem uma ligação orgânica com o imperialismo, além de ser o pilar fundamental do regime e força repressora.” (idem).

É verdade que os protestos violentos e legítimos ajudaram a realizar a transição entre a ditadura aberta do gerente Mubarak para a ditadura mascarada que virá pela frente, mas chamar isso de “conquista enorme”, de revolução, não é mais que cantar o mesmo hino da burguesia (Não é a toa que para a Tv Globo ocorreu uma revolução popular), segundo o qual revolução é retirar um mau gerente do imperialismo para colocar um outro melhor no lugar.

Aliás, um pouco antes de chamarem de conquista enorme a justa rebelião, o próprio jornal esclarece: “Frente à insustentável manutenção de Mubarak, o imperialismo começou a procurar uma ‘transição segura’,o objetivo era garantir um ‘governo leal’,cuja tarefa fosse ‘estabilizar’ o país.”

Já no artigo As tarefas imediatas da revolução, vemos: “Para romper de vez com Mubarak, é preciso dissolver os aparatos repressivos... Pela dissolução de todos os aparelhos repressivos!”.  Dissolver o aparelho repressivo! Sim, é uma tarefa de uma verdadeira revolução. Mas quem deve fazer isso? O próprio Comando do Exército? Não! O povo? Penso que sim! Porém, como um povo desarmado, sem uma direção política nem com um exército popular, pode resolver esta tarefa tão importante?

No artigo Existiu uma revolução vitoriosa no Egito? O autor utiliza Trotsky e Nahuel Moreno para explicar que realmente houve revolução. Para Trotsky, nos períodos de revolução as massas “irrompem violentamente” e “intervêm nos acontecimentos históricos” (Novidade!) Daí o autor retira a conclusão de que houve uma revolução egípcia. Quer dizer, toda ação das massas que possui estas duas características já podem ser consideradas revoluções. Foram essas “revoluções” que ocorreram no Brasil, entre elas, nas chamadas redemocratização e no fora Collor. Quantas revoluções já tivemos, não?!!!

Moreno diz que revolução é “o fim do velho e o surgimento de algo completamente novo.” (p.10)  e no fim desta página,o jornal solta mais essa: “O regime atual[da junta militar!] é completamente distinta da ditadura de Mubarak” Um pouco depois diz que a forma do regime é a mesma,mas o conteúdo(que conteúdo????) é diferente,apesar de o “novo governo ter mantido o toque de recolher!” e estar estudando “a proibição de greves e reuniões sindicais.”(p.11)

Outra diferença reside, para os devotos de São Jorge, ou melhor, para os discípulos de Trotsky, no fato de que “a diferença é que houve brusca mudança na correlação de forças”. (p. 10) Apesar das massas continuarem sem o poder... Vai entender!


Fora o Poder tudo é ilusão!

As revoltas  populares no Egito serviram para educar as massas na necessidade de que elas passem a acreditar que somente com violência revolucionária se conquista de fato o Poder. Estas lutas são importantes porque mostram às massas do mundo inteiro que o aparelho repressivo não é todo poderoso e que este pode ser enfrentado pela ação organizada e violenta dos povos oprimidos. Ajuda a criar a condição subjetiva segundo a qual é possível quebrar a máquina militar com a rebelião, para conquistar o Poder Político.

Dizer que ocorreu uma revolução democrática é um absurdo oportunista. Uma das principais tarefas da revolução democrática é varrer a dominação imperialista do país, o que não ocorreu. E essa dominação se fortalecerá depois das “eleições” de setembro. E porque o imperialismo não foi derrotado? Porque o povo não tem o Poder. Toda revolução põe um tipo de Poder nas mãos da classe que dirigiu essa revolução. Se houve revolução, onde está a ditadura democrática?

Voltando à questão do Poder, vejamos o que diz Lênin: No texto Uma das questões fundamentais da revolução, de setembro de 1917, lemos:
“A questão mais importante de qualquer revolução é sem dúvida a questão do poder de Estado. Nas mãos de que classe está o poder, isto é que decide tudo.” Este trecho dispensa comentários.

Na página 11, o jornal trotskysta declara: "A revolução vitoriosa agora terá de se enfrentar no terreno democrático com a conquista de eleições para uma assembleia constituinte..."

Vã ilusão! Ainda no texto de Lênin citado,está escrito: [perdoem-me a longa citação, mas creio que ela vale para terminar esse breve texto]:

“Toda a história dos países parlamentares burgueses e em considerável medida, a dos países burgueses constitucionais, mostra que uma mudança de ministros significa muito pouco, pois todo o trabalho administrativo real está nas mãos de um exército gigantesco de funcionários. E este exército está impregnado até à medula de um espírito antidemocrático,está ligado por milhares e milhões de fios aos latifundiários e à burguesia, dependendo deles de todas as formas. Este exército está rodeado por uma atmosfera de relações burguesas, respira apenas nela, está congelado, petrificado, ... não tem forças para se libertar dessa atmosfera, não pode pensar, sentir, agir de outro modo que não seja à maneira antiga.

Tentar levar a cabo, por meio deste aparelho de Estado, transformações... é a maior das ilusões, o maior engano de si próprio e o engano do povo.”

COMBATE A CRIMINALIZAÇÃO DO MOVIMENTO ESTUDANTIL


No último dia 17 de fevereiro, o Movimento Porrada no Busão, formado por estudantes secundaristas e universitários, e diversos trabalhadores, que utilizam e sofrem com o transporte público na cidade de Porto Velho – RO, se uniram numa combativa manifestação contra o aumento das passagens nos coletivos urbanos. A prefeitura “repudiou”, como não poderia ser diferente, a manifestação e teceu inúmeras mentiras contra os manifestantes e sobre sua organização. Mas, os companheiros souberam responder à altura. Leiam os textos a seguir:


Qui, 17 de Fevereiro de 2011 - 12:41
Nota de repúdio 

A Prefeitura Municipal de Porto Velho através da Chefia de Gabinete lamenta profundamente a manifestação violenta ocorrida na manhã desta quinta feira,17, quando crianças e adolescentes liderados pelos organizadores da manifestação, investiram contra o  patrimônio público, atacando a todos com paus e pedras, inclusive os servidores do gabinete. O mais chocante foi o aliciamento de menores pela organização do movimento. A manifestação foi contida somente com a ação da policia militar que desarmou os manifestantes e dispersou o grupo.
Os organizadores da manifestação também são os responsáveis pela distribuição de um panfleto cujo símbolo é um ônibus quebrado com um soco e que faz apologia à violência e incita a população a reberlar-se com o uso de violência contra o aumento da tarifa, ação esta decidida por um conselho legalmente instituído.
Durante a manifestação, os integrantes praticaram outras violências quando depredaram ônibus antes de chegar à prefeitura, o que demonstra que a manifestação violenta foi premeditada.
A prefeitura já está tomando medidas necessárias para responsabilizar legalmente os organizadores pelo aliciamento das crianças em ações violentas, inclusive em horário escolar, e contra a depredação do patrimônio público.
Prefeitura Municipal de Porto velho




- Com a palavra o Movimento Porrada no Busão:

Nota de Esclarecimento

O Comando de Lutas em Defesa dos Direitos do Povo (CLDP) vem a público esclarecer sobre sua organização e seus objetivos acerca de suas ações, destacando a manifestação “PORRADA NO BUSÃO” que ocorreu na última quinta–feira nas ruas do centro de Porto Velho.

1- O Comando é composto por estudantes universitários ligados, ou não, a entidades de representação estudantil e estudantes de escolas de nível fundamental e médio que ajudam a construir e fortalecer o movimento estudantil independente e combativo. Denominamos-nos como tal por não lançarmos quaisquer expectativas em torno da conquista e garantia de nossos direitos por meio da dependência e boa vontade do poder legislativo, judiciário e executivo.

2- Sustentamos nossas forças no desejo e na luta diária do povo para possuir condições dignas de vida (moradia, educação, saúde, etc.) e acreditamos que a manifestação pública desperta a disposição de luta contida e acumulada há anos na juventude que hoje consolida este movimento.

3- O nome dado a manifestação divulgada como “Movimento Porrada no Busão” não faz alusão, nem incentiva a violência gratuita e injustificável, como diz a prefeitura, mas sim expressa a combatividade e a necessidade de lutar por seus direitos da maneira que o povo achar mais justo.

4- A manifestação desta última quinta-feira(17) foi antecipada por grande agitação nas ruas, dentro das escolas e na universidade, onde os estudantes convocaram todas as pessoas sem distinção de idade, na certeza de que a revolta com o caos do transporte público do município não tem faixa etária, ou seja, todos são afetados igualmente e não há idade mínima para exigir nossos direitos. Votar com 16 anos pode, mas exigir os direitos não pode? Ao contrário de políticos e sindicatos pelegos, não precisamos aliciar as pessoas nem contar mentiras para convencê-las da necessidade de lutar, mas apenas dizemos a verdade.

5- Esclarecemos que a manifestação foi realizada com o objetivo de protestar contra o aumento da tarifa para R$2,60, por melhorias na atual situação do transporte público de Porto Velho e contra a postura do Prefeito Roberto Sobrinho(PT) e seu secretário de transporte Itamar Ferreira na defesa do mega lucro dos empresários. Nosso objetivo era dizer ao povo de Porto Velho, do estado de Rondônia e do país inteiro que não podemos e nem devemos aceitar mais este abuso contra o povo trabalhador, transporte é um direito constitucional, já pagamos através de impostos e não devemos pagar de novo.

6- Quanto aos manifestantes que quebraram os dois ônibus durante a manifestação, esclarecemos que foram atos espontâneos do povo e não uma ação premeditada como afirma a prefeitura e sua chefia de gabinete, numa clara tentativa de intimidar e criminalizar o Movimento Estudantil combativo. Não somos criminosos! Somos estudantes e trabalhadores e continuaremos lutando com todas as forças até garantir nossos direitos. A atitude da juventude presente na manifestação se justifica e é legítima, o povo tem o direito de se rebelar, a radicalização da luta é reflexo do grau de exploração e revolta da população contra a violência sofrida diariamente ao utilizar o transporte público de Porto Velho. Ao invés de criminalizar e correr do debate fazendo reuniões do COMTRANS na calada da noite, o prefeito deve receber e discutir o transporte público coletivo com quem realmente utiliza e depende dele.

Porto Velho, 18 de fevereiro de 2011.

Abaixo a criminalização do Movimento Estudantil combativo!
R$2,60 NÃO! PORRADA NO BUSÃO!
PASSE LIVRE JÁ!
CLDP - Comando de Lutas em Defesa dos Direitos do Povo

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

CONSIDERAÇÕES SOBRE AS REVOLTAS POPULARES NOS PAÍSES ÁRABES



As justas rebeliões populares que vem estourando nos países árabes nos últimos tempos são necessárias, até com certa urgência. É bom que o povo se revolte e vá as ruas impor sua vontade ao Estado, porém é preciso analisar o caráter destas revoltas, que apesar de precisas, ficam apenas para tirar ditadores, mas aceitam manter os mesmos mecanismos políticos e econômicos dos regimes ditatoriais, a diferença se dá apenas na mudança de personagens, na essência a opressão continua a mesma.

Exemplos, qual era a classe que dominava os países da Tunísia e do Egito? E quem é a classe que continua dominando estes países agora, mesmo após a expulsão dos ditadores? A resposta é a mesma classe que antes, a burguesia. O que muda especificamente na estrutura estatal destes países? Nada, a opressão é a mesma, talvez até maior que antes, principalmente para os dirigentes dos movimentos sociais envolvidos.

As rebeliões populares são conseqüência do enfurencimento das massas, porém para se conquistar uma verdadeira revolução é necessário muito mais que isso. É necessário um autêntico partido, onde os elementos mais avançados nas lutas de classes possam dirigir todo o processo com a devida organização, um exército nascido das entranhas dos movimentos populares e uma luta árdua e sem conciliação até a conquista de todos os poderes do velho Estado.

Os levantes têm uma obrigação histórica de acontecerem, o povo clama por isso há muito tempo. A luta não acaba com uma simples troca de personagens do poder, isto não é uma revolução. Revolução é continuar a lutar, entender que a empreitada apenas começou e que só acabará com a vitória da classe proletária.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

SAUDAÇÕES VERMELHAS!

O blog Boca de Caêra, vem com muita honra saudar todos os companheiros que construíram e participaram da manifestação contra o aumento do preço das passagens em Porto Vleho - RO. Saudamos os companheiros do Comitê Porrada no Busão, pela coragem e pela ousadia revolucionária, com certeza esta manifestação é um guia para todos os estudantes alagoanos.

Imagens da manifestação contra o aumento da passagem: Porto Velho - RO
Comitê Porrada no Busão



sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

EGITO EM FESTA




Retirado do blog A Nova Democracia.


Após um turbilhão de manifestações que durou 18 dias Hosni Mubarak, renunciou ao cargo nesta sexta-feira, 11 de fevereiro, após um governo de quase 30 anos de corrupção entreguismo e submissão ao imperialismo. Um governo que se sustentou oprimindo o povo egípcio com uma “lei de emergência” que durou todo este tempo.

Na véspera, tentou ainda uma última manobra, transferir poder ao vice, que for indicado por ele. Tal atitude aumentou a revolta popular e hoje pela manhã o exército prometeu reformas democráticas se o povo se retirasse das ruas. Nada disso surtiu efeito, as massas egípcias mostraram sua firme determinação de por fim, de uma vez por todas a quase 30 anos de opressão.

O anúncio da renúncia foi feito pelo recém-nomeado vice-presidente do Egito, Omar Suleiman, em um curto pronunciamento na TV estatal. “O presidente Mohammed Hosni Mubarak decidiu deixar o cargo de presidente da república e encarregou o Alto Conselho Militar de cuidar das questões de Estado“, disse Suleiman.

Os enfrentamentos dos últimos dias deixaram mais de 300 mortos e 5.000 feridos. Eles começaram em 25 de janeiro, inspirados pela queda do presidente da Tunísia, avolumando assim a onda que lava o Magerb e o Oriente Médio. O sangue destes mártires abre o caminho para transformações que possibilitaram que o povo da região se organize para consseguir mudanças ainda mais profundas.

MAIS UM CAMPONÊS ASSASSINADO EM RIO ALTO - BURITIS/RO

Reproduzimos uma nota dos companaheiros da LCP de Rondônia e Amazônia Ocidental.

No dia 04 de fevereiro de 2011,  mais um camponês foi assassinado e outro gravemente ferido em uma emboscada, quando voltavam para o município de Buritis.

O fato aconteceu por volta das 10:30 na ponte do rio Candeias, no mesmo lugar que em dezembro de 2009 foram assassinados os camponeses Elcio e Gilson.

(Companheiros Elson e Gilson, assassinados pelo latifundiário Dílson Caldato)
Joãozinho como era conhecido por seus companheiros era uma das lideranças da área Rio Alto. Dias antes camponeses moradores da área alertavam que Dílson Caldato estava rondando a área com um grupo de pistoleiros.

A área Rio Alto está marcada desde o seu início pela violência do latifúndio contra as massas camponesas, pela inércia e conivência do velho Estado e seus órgãos com os crimes cometidos pelo latifúndio.

No final do ano passado foi feito um acordo com o Incra para que a violência contra os camponeses parasse. E agora novamente mais um camponês assassinado e outro gravemente ferido.

O povo quer terra, não repressão!

domingo, 6 de fevereiro de 2011

BRANQUINHA-AL: DUELO DE CANALHAS


Branquinha, tem 48 anos de emancipação política, 10.586 habitantes, segundo o último censo do IBGE realizado em 2010. Apesar de pouco tempo de existência, já é famosa pelos seus escândalos de corrupção e perseguição política. Situada entre Murici, feudo da oligarquia Calheiros e União dos Palmares, feudo do Ex-governador Manoel Gomes de Barros.

Reduto de miséria e a exploração, fatores que ajudam a manter a população, que em sua maioria é formada por camponeses, sob o julgo dos grupos “palacianos” que há décadas duelam entre si para ver quem mente melhor para o povo, visando sempre apenas continuar com a mesma política de opressão contra as massas.

Em 1962 o distrito de Jagatá desmembrou-se da cidade de Murici, deixando de ser distrito para se emancipar como município de Branquinha, nome inspirado no rio que corta a pequena cidade, conhecido como rio da Branca. Sempre foi governada por grupos contrários as reais necessidades do povo, grupos estes que até hoje se mantém as custas do dinheiro do povo.

Atualmente, os Freitas partidários do partido e da oligarquia Calheiros (PMDB), após uma grande onda de denuncias durante o gerenciamento de “Neno” Freitas, decidiram apoiar o promotor público “Dadado” Maia, filho do desembargador Jairon Maia, filiado ao partido e ao Ex-governador Manoel Gomes de Barros (PTB).

No regime de Dadado Maia, as contradições municipais se elevaram e conseqüentemente uma nova onda de denuncias e de perseguições políticas começou a ruir o mandato do promotor. Assim, os Freitas, utilizaram este cenário para retomar as rédeas do poder municipal, cortaram os laços com Dadado e começaram a promover Ana Renata Freitas, mulher de Neno Freitas, para iludir as massas na crença que ela seria diferente.

Grande foi a ilusão do povo, ao acreditar que a mudança de um simples personagem iria mudar alguma coisa na política da cidade. Isso também se reflete em todas as instâncias da política nacional.

Ana Renata Freitas demitiu os ASPONE’s* do antigo gerenciamento e admitiu outros do seu agrado. Reformulou um novo quadro de funcionários, sempre optando pelos seus partidários mais próximos. As enchentes de junho de 2010 destruíram grande parte da cidade, inclusive a prefeitura e a câmara municipal, um grande negócio para os corruptos da cidade, porque várias provas dos saques aos cofres públicos foram, literalmente, “por água abaixo”.

Agora o Ministério Público, através de uma investigação, descobre um rombo de cerca de R$ 1,5 (um milhão e meio) nos cofres da prefeitura. Enquanto os desabrigados ainda fervem em baixo de barracas mal estruturadas, que a maioria já não esta mais servindo, passando fome e humilhações, a família Freitas e toda a sua corja de ladrões infames comem as custas da miséria do povo.

Vale ressaltar que não adianta se é Dadado ou Renata Freitas, qualquer prefeito, governador ou presidente, independente da função política que se tenha, enquanto vivermos neste regime político-econômico atual sempre haverá fome e miséria.

A parte boa é que no meio desta disputa palaciana, entre canalhas, o povo já cansado de ser sempre deixado em últimos planos, mobiliza-se, mesmo de forma inconsciente, para rebelar-se contra estas injustiças. Percebem que não existe outra saída se não unir-se a os seus iguais para conquistar tudo aquilo que os “governos” não garantem.

Mudar radicalmente a estrutura política que temos, para transformar nossas cidades, estados e o nosso país numa pátria livre dessa corja de parasitas, é uma necessidade histórica que se reafirma a cada escândalo como este.
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NOTA:
* Assessor de Porra Nenhuma.

sábado, 5 de fevereiro de 2011

REGIÃO SERRANA: CATÁSTROFE NATURAL OU CRIME PREMEDITADO?




Fonte: Blog do jornal A Nova Democracia: http://www.anovademocracia.com.br/blog


Nos dias 24 e 25 de janeiro, a equipe de reportagem de A Nova Democracia foi à cidade de Nova Friburgo, na região serrana do Rio de Janeiro. O município foi o mais atingido pelas chuvas que devastaram a serra nos dias 10 e 11 do mesmo mês. O número total de mortos divulgado até o dia da publicação deste vídeo, já atingia a trágica marca de 871 óbitos, nos municípios de Teresópolis, Petrópolis, Nova Friburgo, Sumidouro e São José do Vale do Rio Preto.

Em Nova Friburgo, nossa equipe de reportagem registrou o retrato do barbárie: milhares de famílias abandonadas em abrigos, sem nenhuma perspectiva de recomeçarem a vida, depois de perderem tudo que tinham. Enquanto os gerenciamentos de turno e o monopólio dos meios de comunicação se empenham em culpar o povo pobre pela tragédia, as vítimas desenterram os corpos de seus parentes e tentam resgatar dos escombros o pouco que sobrou do que tinham, fruto de anos, décadas de árduo trabalho.

Como se o abandono e a indiferença não fossem o bastante, o velho Estado agora aproveita o desastre para remover várias favelas da região serrana, muitas delas em áreas de baixada, que não correm riscos. Além disso, com o pretexto de evitar saques, a cidade foi citiada pelas tropas do exército, enquanto milhares de desabrigados buscam respostas dos gerenciamentos de turno, temendo terem o mesmo fim dos moradores do morro do Bumba. Por lá, quase um ano após as chuvas que deixaram 241 mortos na favela de Niterói, muitos moradores vivem até hoje em abrigos sem ter recebido nada dos políticos que, na época, tanto prometeram reparação.