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BLOG INFORMATIVO

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

OS MUROS SÃO A IMPRENSA DO POVO

Retirado do site do MEPR.

No dia 22 de setembro último, no auge do circo eleitoral e, conseqüentemente, das toneladas de lixo atiradas às ruas pelos milhares de candidatos, um sítio especializado em notícias de Maceió, “Alagoas 24 horas”, estampou com destaque: “Vândalos emporcalham a cidade com pichações”. Tendo em mente o que disse o Presidente Mao, de que quando o inimigo nos ataca nós devemos tomar seus ataques como um elogio, devemos em primeiro lugar agradecer ao reacionário órgão noticioso pela enorme propaganda que fez das consignas de boicote à farsa eleitoral!

Em uma linguagem afetada, diz a matéria: “Numa rápida passagem por alguns pontos de Maceió, na noite desta terça-feira, a reportagem do Alagoas 24 horas identificou que os pichadores continuam sujando a cidade, sem que haja uma punição para eles. Um muro que foi construído no terreno onde funcionou o Banco do Brasil na Jatiúca acaba de receber o carimbo do atraso e da vergonha. Alvo da ação de pichadores, os muros exibem assinaturas do vandalismo e se transformam em mais uma cicatriz de um mal que as autoridades não conseguem derrotar”. É quase engraçado, não? O pseudo-jornalista que escreveu estas linhas certamente não se “lembra” de dizer que o atraso e a vergonha em Alagoas tem nome e sobrenome: Fernando Collor de Melo, Renan Calheiros... que, diga-se de passagem, controlam a maior parte dos jornais e emissoras de TV e rádio do Estado! Certamente não se refere ao latifúndio da cana como “cicatriz de um mal”...

Na verdade, os chamados “veículos de informação” nada mais são que grandes monopólios, controlados e financiados pelos grandes burgueses, latifundiários e pelo imperialismo, interessados, claro, na manutenção da atual ordem vigente. O que indigna esses ilustres senhores, ditos jornalistas, mas em cujo diploma universitário deveria constar “expert em desinformação”, é o fato que o seu sonho de impor o pensamento único não se concretiza, porque esbarra na ação corajosa daqueles que não se deixam enganar. Tanto é assim que, não por coincidência, a reportagem não faz uma referência sequer ao emporcalhamento das cidades brasileiras pelos políticos safados, que nesse período estão dispostos a vender até a alma em troca de votos.

Mas, como diz o ditado, “o povo não é bobo”. Nos comentários à ilustre “reportagem”, prevalece o bom senso. Um desses comentários diz:

Emporcalham?!? aiaiai Domigo passado um bando de desocupados fazendo carreata do Benedito Bentes até a bomba do gozanga. Distribuindo papeis, com vários carros de sons nas ruas, cortando o sinal vermelho e andando na contra mão. Ninguém ve isso. Mas as pichações em protesto vc vem. Palhaçada rapaz!Deysiinha - 22/09/2010 12h31

Palhaçada, é isso mesmo, dizer mais o quê? Na verdade, por mais que a reação empenhe todos os recursos tecnológicos e financeiros na sua estratégia de desinformação das massas, não tem e nunca terá êxito. A frase “onde há opressão há resistência” é válida em todos os variados terrenos da luta de classes, também, claro, no da propaganda. Vandalismo é a situação da saúde pública, educação, é o fato do Brasil destinar 1/3 do seu orçamento para pagar banqueiros. Vandalismo é o fato de Alagoas ter a maior taxa de mortalidade infantil mas sobre isso, claro, nenhuma palavra...

Devemos dizer que o povo tem o direito de se expressar, de se manifestar. Lutar não é crime, fazer revolução não é crime! Na verdade, essas palavras-de-ordem são perigosas para a reação, nesse período eleitoral, porque o repúdio das massas a esse processo é crescente, o descrédito das ditas “instituições” é quase total e, por isso, qualquer ação que aponte o caminho oposto a esse Estado pode encontrar cada vez mais eco entre a juventude e os trabalhadores. Exemplo de repúdio à essa farsa chamada “democracia” foi o caso do povo do município de Fonseca, em Minas Gerais, que não permitiu que os políticos sanguessugas colocassem seus cavaletes imundos em suas portas e, ao contrário, escreveu na porta de suas casas o chamamento à não participar da farsa eleitoral. Acaso algum órgão do monopólio de imprensa repercutiu isso? Claro que não!

Por isso nós do MEPR reafirmamos nossa defesa ao direito de manifestação e indignação do nosso povo. É bom que essa “imprensa” vendida aos banqueiros e latifundiários vá se acostumando porque cada vez mais os trabalhadores compreendem que não é possível aceitar viver sob essa velha ordem, de opressão e exploração. E isso, claro, estará escrito e estampado, com todas as letras, nos muros de Norte a Sul do Brasil.

FAZER REVOLUÇÃO NÃO É CRIME!

REBELAR-SE É JUSTO!

ABAIXO O MONOPÓLIO DOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO!

VIVA A AUTÊNTICA IMPRENSA POPULAR E DEMOCRÁTICA!

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

O CULPADO



O eleitor é o individuo que é obrigado pela justiça a ter que escolher algum dos que estão candidatando-se a algum cargo público, mesmo que todos os que estejam disponíveis sejam corruptos ou ainda sabendo que qualquer um que ganhar nada irá mudar, independente de que fração ganhe. Apesar de ser obrigado a ter que escolher, o eleitor é considerado no final das contas como O Culpado por eleger os bandidos que comandam a política.

O estado obriga o povo por meio de sanções e diversas punições a ter que participar da escolha dos opressores que irão controlar o estado. Todos que participam do processo eleitoral são, de acordo com sua situação, coagidos a fazê-lo. Exemplos, os mesários são intimados a trabalhar, correndo o risco de pagar uma multa de um salário mínimo; Quem é funcionário publico, se não votar tem um mês de seu ordenado roubado como forma de punição; quem deseja viajar, conseguir emprego ou ingressar em uma universidade tem que ter o título eleitoral regularizado.

Ainda tem os que mesmo assim não se convencem e afirmam que “as eleições só acontecem por que o povo gosta” isso, é uma grande mentira, ou alguém acha que aquelas pessoas que passam o dia balançando bandeira em semáforos, panfletando, marchando em caminhadas eleitorais e carreatas, fazem isso tudo porque simplesmente acreditam nos candidatos, ou será porque estão sendo pagos, claro há quem se iluda, mas todos recebem para propagandear uma grande mentira.

Onde está a igualdade? Onde está a justiça? Onde está a democracia? Num país onde em todos os três podres poderes são geridos por latifundiários e representantes semifeudais de oligarquias que há décadas oprimem nosso povo. Onde uma governadora (Ana Júlia Carepa–PT-Pará) orquestra um genocídio no campo sob o pseudônimo de “paz no campo” onde 13 camponeses já foram brutalmente executados, onde um governador (José Serra-PSDB-SP) ordena a invasão de policiais militares em uma universidade federal para acabar com uma greve justa dos trabalhadores da educação. Onde milhares de homens e mulheres nascem e morrem trabalhando na terra, quase morrendo de fome, para sustentar a voracidade da grande burguesia, enquanto o estado concede as multinacionais (imperialistas) estradas, terras, florestas, rios e até a costa brasileira para treinar os MARINES dos EUA. Qual a solução?

A mudança não será eleitoral, não será psicológica e não será pacifica, ela será muito mais difícil que isso, mas se não  fizermos o pouco que seja ela nunca chegará. Os que se beneficiam deste sistema não desejam, nem de longe, destruí-lo, pretendem apenas fortalecê-lo para isso usam as eleições e obrigam o povo a ter que votar em qualquer canalha, pois, fora esta farsa o que resta é o confronto aberto contra as massas oprimidas, ou seja, a verdadeira face fascista do capitalismo.

Por isso, só uma revolução democrática ininterrupta ao socialismo apoiada na organização de autodefesa das massas, tomando e organizando pouco a pouco cada pedaço deste país e entregando ao povo acabará com toda a exploração e conseqüentemente com esta farsa eleitoral.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

CAMPANHA CONTRA A FARSA ELEITORAL TEM SUCESSO EM ALAGOAS

Não votaram: 449.639 (22,11%)

*Dos 77,89% que votaram, porque são obrigados, se manifestaram assim:

Votos em Branco: 76.985 (4,86%)


Votos Nulos: 155.375 (9,81%)


Total Geral do Repúdio: 681.999 de alagoanos (36,78%)

(Fonte: TSE)
 
Pela primeira vez na história Alagoas teve tantas pessoas que repudiaram a farsa eletoral. Este é um novo começo, daqui pra frente só a revolução vai guiar as esperanças do povo alagoano!
 
ABAIXO A FARSA ELEITORAL!
VIVA A REVOLUÇÃO BRASILEIRA!

34 MILHÕES DIZEM NÃO A FARSA ELEITORAL


Fausto Arruda

A chantagem que o Estado brasileiro fez com o eleitorado tentando empurrá-lo a ferro e fogo para a farsa eleitoral não conseguiu o sucesso esperado. Todo o tempo gasto no rádio e televisão pela Justiça Eleitoral e pelo partido único tentando iludir a boa fé do eleitorado com falsas promessas de que o povo pode mudar seu destino através do voto resvalaram em mais de um quarto do eleitorado.

Cerca de 25 milhões de eleitores não compareceram às urnas e cerca de nove milhões votaram em branco e nulo. Esta decisão de grande parte do eleitorado reflete um repúdio a esta política podre e à velha ordem burguesa-latifundiária, que tem no partido único a sua representação nos falsos poderes desta democracia de mentira. Eleição que encobre a relação semicolonial de submissão ao imperialismo e às relações semifeudais impostas pelas oligarquias regionais.

O oportunismo eleitoreiro vende a ilusão eleitoral

Os partidos ditos de esquerda, que ainda não estão aninhados no governo, mais uma vez tiveram um retumbante fracasso em sua participação neste jogo da burguesia, todos juntos tiveram exatamente 1% da votação. Tal fato não os abala, no próximo pleito novamente investirão todas suas suas energias com a venda da ilusão eleitoral.

Como os três candidatos do imperialismo, bancados pelo FMI e pelo Banco Mundial, irão se empenhar em uma nova rodada mentiras e hipocrisia, é dever de todos que já adquiriram a consciência de que eleição não muda nada se empenhar em uma nova batalha junto às massas para, a partir deste patamar conquistado no primeiro turno, avançar para ampliar o contingente dos que irão repudiar a farsa eleitoral e, mais que isso, mostrar que a saída para o povo é mobilizar, politizar e organizar suas forças para realizar a revolução democrático-nacional, antilatifundiária e antiimperialista.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

DESABRIGADOS VOLTAM A PROTESTAR


Nos dias 29 e 30 de setembro e 01 de outubro foram marcados pelos ousados protestos de desabrigados nas cidades do interior alagoano, principalmente nas que contemplam a região da zona da mata. O primeiro dia de outubro começou com pneus queimando na frente da prefeitura municipal de União dos Palmares e policiais da PELOPES (Pelotão de Operações Especiais – PM/AL).


As razões a principio são apenas água e comida, mas tende a desenvolver-se, visto que há outras falhas e o povo percebeu que a rebelião é a sua única arma, e não o voto como propagandeiam os canalhas.

É PROIBIDO TRABALHAR! JUIZ ELEITORAL DETERMINA MEDIDA CONTRA OS TRABALHADORES NO DIA DA ELEIÇÃO

A partir das 18h30min do dia 02 de setembro até às 17h do dia 03 (dia da eleição), os moto-taxistas e taxistas de algumas cidades da zona da mata alagoana ficaram proibidos de trabalhar, porque o juiz da 4ª vara cível da capital, substituto do juiz afastado da comarca de União dos Palmares, Dr. Marcelo Tadeu Lemos de Oliveira, entende que as pessoas que trabalham realizando o transporte de outras pessoas podem influenciar o voto dos passageiros.

O que o senhor juiz não entende, por trás de seu gordo salário, é que tem gente que necessariamente tem que trabalhar para viver todos os dias e que um dia a mais ou um dia a menos faz muita diferença para quem não recebe gordos salários do poder judiciário. Considerando seu argumento, creio que as pessoas que vão a pé são mais propícias a serem cooptadas do que se pegassem uma moto ou um taxi, não concordam?

FÚRIA ALAGOANA: DESABRIGADOS BLOQUEIAM RODOVIA FEDERAL E PROTESTAM CONTRA O ESQUECIMENTO DOS GOVERNANTES NA RETA FINAL DAS CAMPANHAS ELEITORAIS


No último dia do mês de setembro toda a canalha pertencente ao feudo dos coronéis, como o usineiro, João Lyra, Fernando Collor e o ex-gerente de turno do estado de Alagoas, Manoel Gomes de Barros, realizaram uma carreata para propagandear sua podre campanha marqueteira eleitoral na cidade de União dos Palmares. Paralelo a concentração da carreata, desabrigados das enchentes organizaram uma grande manifestação.

Os desabrigados fecharam por mais uma vez a BR 104, um dos motivos foi o não cumprimento dos acordos firmados no dia 29/09 que pedia agilidade nas entregas de cestas básicas e água potável.

O TRE proibiu a entrega de cestas básicas, mesmo para as famílias que estão flageladas, um dos motivos, segundo o TRE, seria porque havia cabos eleitorais utilizando destas cestas para comprar votos para a eleição. O incrível é que só viram isso faltando pouco menos de duas semanas para as eleições. Estas medidas só atingem o povo que está passando fome e miséria, enquanto que os canalhas continuam fortalecendo seu circo eleitoral, independente se estas cestas são ou não liberadas.

O promotor de União dos Palmares alegou que as cestas, que eram semanais, agora serão distribuídas apenas uma vez por mês. Também existe o problema da qualidade dos alimentos ofertados, como produtos fora da validade, estragados durante o transporte ou contaminados, pois muitos pacotes de alimentos chegam abertos.



O carro-pipa da usina Laginha, pertencente ao candidato João Lyra, foi enviado pelo mesmo para apagar as chamas da manifestação popular. Enquanto o usineiro desfilava pelas ruas da cidade com sua corte de vassalos, por baixo dos panos ele enviou o carro-pipa para ajudar a sufocar a rebelião.

Na mesma noite às 18h30min em Murici, há 30km de Maceió, próximo a União dos Palmares, os desabrigados de lá também fecharam a BR 104 e realizaram um protesto pelas mesmas razões que os de União dos Palmares. Cresce a rebelião popular e se espalha como rastilho de pólvora.