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terça-feira, 23 de novembro de 2010

GOVERNO BRASILEIRO ADMITE O QUE JÁ NÃO DAVA PRA ESCONDER


Depois que todas as pesquisas e entidades econômicas sérias denunciaram que o desenvolvimento brasileiro, que LULA tanto esbravejou, era uma fraude e após provar por “A” mais “B” que os dados governamentais eram em sua maioria um arranjo para encobrir a grande farsa econômica do suposto crescimento da indústria brasileira, quando na verdade acontece justamente o contrário, o Brasil além de não está se desenvolvendo também está perdendo indústrias nacionais e as poucas que existem importam boa parte de suas matérias primas. Agora o MDIC (Ministério do Desenvolvimento da Indústria e do Comércio) percebeu que não tem mais como esconder e admitiu que o país realmente vive um processo de desindustrialização acelerada.

SOBRE A CRISE E OS HEROIS DO GOVERNO LULA

Em 2008, quando a crise mais recente do capitalismo ainda estava nos primeiros passos, o presidente LULA foi para as tribunas da mídia burguesa para cacarejar o “Record” da venda do etanol brasileiro, onde milhares de homens e mulheres trabalharam num regime de semifeudalidade para produzir cerca de 5,16 bilhões de litros de etanol, foi quando o presidente mostrou suas reais posições ao afirmar que “os usineiros eram os heróis da economia brasileira”, e não os trabalhadores.

Foram várias as artimanhas que o governo utilizou para tentar manter a máscara de uma economia de país em desenvolvimento e que se sustenta sem maiores dificuldades, mas a realidade é bem outra. O aumento nas taxas de exportação e importação causou um decréscimo na industrialização nacional, esta ação só favoreceu ao capital estrangeiro e desta forma ficou mais barato comprar de outros países do que vender nossos produtos. Assim, abriu uma brecha, que já não era pequena, para a participação de empresas imperialistas no comércio brasileiro aonde todo o lucro vai para as matrizes.

A invasão de bancos estrangeiros que cada vez mais tomam conta das agências brasileiras, as indústrias nacionais fechando as portas porque não conseguem pagar as altas taxas tributárias, as concessões cada vez mais fáceis que entregam nossas terras, matas e riquezas naturais nas mãos do imperialismo, além do onguismo que vem camuflado de guardiães do meio ambiente à serviço do latifúndio estatal, só demonstram que tipo de economia modelo existe em nosso país.

“Dando corda para se enforcar.” É uma expressão popular que vem a calhar no que diz respeito ao etanol. Quando governo brasileiro decidiu investir na proposta do agro-combustível, os Estados Unidos foi o primeiro país que se comprometeu a comprar o produto. Na verdade tudo não passava de um teste, para ver se o combustível realmente iria conquistar o mercado internacional, provado sua popularidade “eco-sustentável”, os próprios americanos agora são os principais concorrentes do Brasil no mercado do agro-combustível. Atualmente existem 200 usinas de etanol nos Estados Unidos, produzidos com milho, enquanto no Brasil existem pouco mais de 400, que trabalham com a cana-de-açúcar, e mesmo assim em 2009 os norte-americanos produziram 40,1 bilhões de litros de etanol e o Brasil apenas 17,7 bilhões de litros. A resposta é simples eles possuem a melhor tecnologia, apenas estavam esperando alguém se lançar no mercado.

Os usineiros apresentam relatórios que apontam que o Brasil entre 2015 e 2016 terá lucros exorbitantes, aproximadamente 258% comparado com os resultados atuais, e cerca de 40% de toda produção será para exportação. Estes lucros não são planejados para os camponeses que são remunerados por metro de cana cortada, ou para as famílias que tiveram seus parentes mortos de insolação no meio dos canaviais, ou para aqueles que trabalham para receber em cestas básicas quinzenais ou para aqueles que nunca receberam suas garantias trabalhistas após anos se matando de trabalhar nas usinas.

DA FARSA DO CRESCIMENTO ECONÔMICO AO LATIFÚNDIO DE NOVO TIPO

Uma das grandes mentiras do gerenciamento do governo LULA foi a de que a dívida externa foi liquidada. O que acontece é que há décadas o governo brasileiro vem adotando uma medida de conversão da dívida pública, desde o gerenciamento do PSDB (Itamar Franco e Fernando Henrique Cardoso) até o do PT (LULA e companhia), a dívida que era em dólares foi convertida para real, para os termos técnicos da União a divida só é externa se for na moeda de outro país que não o Brasil, mas mesmo em real a dívida continua aumentando a cada dia.

O PAC, plano de aceleração do crescimento, administrado por Dilma Rousseff, nasceu com a desculpa esfarrapada de impulsionar o desenvolvimento no interior do país, mas só fez mais estragos e arranjos politiqueiros. Todos os governos capachos sempre fazem um mega plano para beneficiar as oligarquias semifeudais brasileiras, o do PT foi o PAC, mas mesmo sendo lambe botas dos coronéis o PT e LULA não confia inteiramente nas oligarquias, por isso não acabou o projeto de uma vez só, planejando eleger um candidato tampão até 2014.

Na prática os dois maiores pólos indústrias do Brasil não produzem nada, pois a maior parte das peças são importadas. Exemplo, Manaus importa atualmente 80% de toda a sua produção, São Paulo já passa dos 50% e ainda esta perdendo as vendas internacionais.

Há dez anos o Brasil exportava 70% de toda sua produção, agora esta meta é de 30%, isso era para baratear os produtos vendidos internamente, mas devido a influência do capital estrangeiro os preços dos produtos nacionais não caem.

A participação das indústrias no PIB tem caído de 30,1% em 2004 para 25,4% em 2009, uma das muitas razões é o aumento das taxas tributárias e dos processos burocráticos para se manter uma empresa exclusivamente nacional.

Devido ao atraso social no campo e a crescente onda de capital imperialista no mercado brasileiro, tem surgido uma nova roupagem para o latifúndio de velho tipo, este é o agronegócio.

O que coloca o Brasil, economicamente, em situação de país agrário é o fato de a única fonte rentável do país vir dos produtos do campo, sob o julgo de relações pré-capitalistas ou semifeudais. O estado brasileiro é dependente do que é vendido nos portos, as exportações são as únicas fontes de sustentação para o modelo econômico atual. Por isso, a construção de tantos portos, estaleiros e aumento nas taxas portuárias.

As maiores empresas do agro-negócio brasileiro, na atualidade, e seus lucros no ano de 2009, são as americanas Bunge 9,747 bilhões de dólares, Cargil 8,406 bilhões de dólares, a brasileira vendida aos americanos Souza Cruz com 7,082 bilhões de dólares, a Sadia 6,495 bilhões de dólares e a americana Brasil Foods 5,9 bilhões de dólares, acontece que a Sadia pertence a Brasil Foods, logo o lucro das duas foi de 12,395 bilhões de dólares. Estes lucros obscenos são resultado de relaxamento tributário e muita mão de obra barata pelo interior do país, o que atrai as empresas imperialistas sedentas do sangue do suor do povo brasileiro.

Em troca de todas as regalias que o governo capacho oferta a estas empresas, elas retribuem abastecendo os bancos filiados a suas matrizes imperialistas.

A única forma de acabar com esta exploração de homens e mulheres, do campo e da cidade, camponeses e operários é se rebelando contra este sistema, contra este modelo que faz do nosso povo escravo. É desenvolvendo o trabalho no campo, pois é neste onde existe mais exploração, pois é aí que a grande burguesia latifundiária-burocráta-imperialista consome a maior parte das riquezas do nosso país.



Fontes: IEDI (Instituto de Estudo para o Desenvolvimento Industrial), MDIC (Ministério do Desenvolvimento Industrial e do Comércio), ÚNICA (União das Industrias da Cana de Açúcar), Revista Melhores e Maiores – Exame, Fundação Getúlio Vargas – FGV.

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