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segunda-feira, 6 de setembro de 2010

II SEMINÁRIO SOBRE CAPITALISMO BUROCRÁTICO-BRASIL



Aconteceu nos dias 30 e 31 de agosto, 01, 02, 03 e 04 de setembro de 2010, na Universidade Federal de Alagoas (UFAL), o segundo seminário sobre a tese do capitalismo burocrático. O evento contou como a contribuição do Prof. Dr. Vítor O. Martín Martín da universidade de La Laguna, Ilhas Canárias, Espanha e a Profª. Drª. Nazira Correia Camely Universidade Federal do Acre (UFAC) e Universidade Estadual Fluminese-RJ (UFF), ambos membros do GISAS - Grupo de Investigação sobre o Subdesenvolvimento e o Atraso Social.
A princípio de organização, quem propiciou o seminário foi o Grupo de Pesquisa Sobre Cultura, Identidade e Movimentos Sociais (GPCIMS), coordenado pelo Pof. Dr. Nascimento França, professor voluntário do curso de serviço social da UFAL, além do apoio incondicional do próprio curso de serviço social.
O seminário teve a participação de estudantes, professores, camponeses e militantes políticos. Durante toda a semana repleta de debates e constantes descobertas, vimos toda a dissecação do sistema capitalista e os seus aspectos em sua fase terminal, o imperialismo e como é a atuação deste nos países de capitalismo atrasado.
Vítor O. Martín Martín, “- O que produz o capitalismo burocrático é a semifeudalidade e a semicolonialidade”. Como chegar a esta afirmação? Entendendo que existem vários aspectos da burguesia: A Grande Burguesia que se divide em duas a Compradora que vive da importação de produtos e a Burocrática que vive do gerenciamento dos mecanismos estatais. A Média Burguesia ou burguesia nacional composta de estudantes, professores e industriários nacionais. A Pequena Burguesia, feirantes, comerciantes, artesãos. A semifeudalidade acontece geralmente em países de capitalismo atrasado, como o Brasil, onde ainda existem relações trabalhistas de caráter semifeudal, aqui no Brasil o coronelismo, nos países de língua espanhola gamonalismo ou caciquismo. Estas relações caracterizam e sustenta a economia, a política e influencia o desenvolvimento social interno do país, proporcionando um rodízio entre as oligarquias dominantes, o que impulsiona a burguesia burocrática a dominar e a compradora a facilitar a entrada do imperialismo colocando a nação numa situação de semicolonialidade diante das relações internacionais. Semifeudalidade um fenômeno interno e semicolonialidade um fenômeno externo, produzem uma sociedade capitalista burocrática.
Nazira Correia Camely, “- As ONGs são os novos agentes do imperialismo”. Conclusão da professora após realizar uma pesquisa na Serra do Divisor, no estado do Acre, divisa entre Brasil e Peru. Ela investigou a atuação das maiores ONGs que atuam no País, especificamente na Amazônia, e estas são; WWF, CI, TNC, AWF, WCS, SOS Amazônia, PESACRE e CTA. Todas estas são financiadas pelo imperialismo, sobre todos o norte-americano. Ela comenta que com a desculpa de reservar a floresta os ongueiros alienam a massa camponesa e os convertem em “guardiães da floresta” e não podem plantar, caçar, pescar, nem pegar madeira para fazer canoas e casas, não podem criar animais para não “danificar” a paisagem, etc. uma questão que Nazira colocou foi; “- Eles falam em preservar. Preservar para quem?” O camponês que realiza uma agricultura de subsistência é tido como o bruto que destrói a natureza e merece ser punido, mais os coronéis da região que se aliam as ONGs financiadas pelo imperialismo para exportar madeira e animais silvestres são os ambientalistas politicamente corretos que se beneficiam dos louros do estado. Prof. Vítor ainda argumentou sobre a pesquisa da Profª Nazira, ele classificou atuação das ONGs como uma evolução da semifeudalidade e as pontuou da seguinte forma; Novas formas de propriedade/latifúndio ecológico, Novas formas produtivas/Biotecnologia, Novas relações de produção/guardiães da floresta, Novo corporativismo/impulsionado pelos movimentos sociais.
O seminário foi encerrado com uma visita a Área Revolucionária José Ricardo em Lagoa dos Gatos-PE, uma das áreas mais desenvolvidas da Liga dos Camponeses Pobres – LCP. Na oportunidade alunos e professores puderam conhecer de perto a prática da ideologia do proletariado camponês. Após visitar as produções e conhecer o tempero da comida gostosa do campo, todos se reuniram num “palhoção” usado como auditório pelos camponeses para suas assembléias, nos reunimos para um papo com os trabalhadores e uma avaliação sobre o seminário e foi unânime uma experiência única.

3 comentários:

Comitê de apoio ao jornal A Nova Democracia (RJ) disse...

Saudações companheiro!
Quando tiver um tempo dê uma olhada no novo blog do Comitê de apoio ao jornal A Nova Democracia - Rio de Janeiro.

http://comite-anovademocracia.blogspot.com/

Forte abraço.

Anônimo disse...

Bom Dia
Caros amigos, parabéns pelo trabalho.
Estou fazendo meu TCC sobre capitalismo burocratico e semifeudalidade. Gostaria de saber se existe um contato com os palestrantes para que eu possa conseguir fontes de pesquisa.
Att.
Marcelo R. Siqueira
Bhte

Anônimo disse...

Meu contato é castroalves35@hotmail.com
Att.
Marcelo