Reproduzimos a matéria do sítio eletrônico do MEPR.

Há quase 18 anos se espera a reabertura do R.U. (Restaurante Universitário) na UFPE. Nesse ano ele foi reinaugurado com apenas 3.800 refeições, que não chega a atender a demanda dos quase 30 mil alunos na Universidade, possuindo o preço mais alto do país: 6,00 reais.
Antes da inauguração aconteceu a Aula Magna, presidida pelo reitor Amaro Lins, com a presença do ministro da educação Fernando Haddad e Reitores de outras universidades. Durante esse evento, o MEPR organizou uma panfletagem junto com o Movimento Feminino Popular e outras correntes de estudantes progressistas denunciando a situação de sucateamento da UFPE e da necessidade dos estudantes se organizarem.

O Conselho de Entidade de Bases - CEB (que tem reunido representantes de estudantes de mais de vinte cursos) que articulou esse protesto, não reconhece o DCE e tem se mobilizado para a formação de um Comitê pelo R.U. Para Todos e pela não retirada dos trabalhadores informais no entorno da universidade. Enquanto isso, os ocupantes do DCE (Correnteza/UNE), além de não
participarem de nenhuma das reuniões do CEB, não soltam nenhuma linha em sua “cartilha dos feras” contra essa política defendida pela Reitoria. Pelo contrário: durante a aula magna, aplaudiram de pé o Ministro e vaiaram os estudantes em luta.

No fim do protesto, ficou clara a necessidade de derrotar esta postura conciliadora com o Governo e a Reitoria no movimento estudantil! É preciso fortalecer o Movimento estudantil combativo dentro de cada Centro e Diretório Acadêmico da UFPE, para tirar o DCE das mãos do governismo da UNE, trazer esta entidade para o caminho da luta independente e levar esta luta adiante!
*O Reuni na UFPE
O Reuni veio mascarado de programa de Reestruturação e Expansão da Universidade. Impôs a duplicação do número de vagas ofertadas, mas não duplicou o número de professores, nem garantiu imediatamente a estrutura física. O que presenciamos é a sobrecarga do trabalho docente e a extinção de programas de extensão como o “Conexões de Saberes” (importante projeto destinado ao trabalho com comunidades populares).
Não há aumento nas pesquisas realizadas pela Universidade, faltam livros nas bibliotecas e faltam salas de aula. Novos cursos são abertos sem condições de funcionamento e para se manterem são forçados a vender projetos de pesquisas ao mercado, transformando a Universidade em um mero departamento de empresas, muitas vezes longe dos interesses populares.
Deixamos claro que defendemos a expansão da Universidade, esta é uma bandeira histórica do ME. Mas não da forma que o Governo vem implantando, pois expansão de vagas sem aumento equivalente de verbas é criar as condições para a privatização. A fórmula é a seguinte: Reuni + Legalização das Fundações Privadas (feita pelo Governo Luiz Inácio através da Medida Provisória das Inovações Tecnológicas) + redução do orçamento da educação (no ano passado o corte foi de mais de 2 bilhões de reais) = Privatização das Universidades.
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